Frente pela Sustentabilidade debate modelos de gestão de parques e praças

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A Frente Parlamentar pela Sustentabilidade reuniu hoje (21) gestores, ambientalistas e personalidades atuantes na gestão e preservação de áreas verdes, para discutir qual o melhor e mais adequado modelo de gestão de praças e parques no município de São Paulo.

O modelo de gestões compartilhada, em parceria público-privada, vem ganhando destaque. Um exemplo é o Parque Burle Marx, criado em 1995, em um convênio entre a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) e a Fundação Aron Birmann, instituição privada e sem fins lucrativos, responsável pela administração do parque. Thiago Santos, gestor ambiental da Fundação, explicou que o objetivo é alcançar a autossuficiência econômica de um parque municipal, para que a verba que seria destinada ao Parque Burle Marx vá para outros setores da cidade, como saúde, transporte e educação. “A nossa missão é provar que os parques não precisam ser despesas para a cidade”, disse.

Tobias Furtado, presidente da OSCIP (organização da sociedade civil de interesse público) Parque Ibirapuera Conservação, defendeu o modelo de transparência e atuação direta da sociedade. “A ideia é que transparência é tudo. Desde o início, as contas (da OSCIP) são abertas para que o cidadão se aproxime cada vez mais da gestão do parque.”, enfatizou. A organização realiza ações de melhoria e conservação no Parque, com recursos captados de pessoas físicas e jurídicas.

Para Tobias a sustentabilidade financeira dos parques é fundamental. “Os parques tem que ser autossuficientes para que haja geração de receita que possa ser investida diretamente em seu desenvolvimento, já que a prioridade dos gastos públicos é voltada para saúde e educação”, explicou.

A favor da gestão compartilhada, em que a sociedade exerça papel central no cuidado das áreas verdes, Cecilia Lotufo, do Movimento Boa Praça, chamou a atenção para as dificuldades em tratar a questão com o Executivo. Ela enfatizou que, mesmo quando a população está disposta a resolver os problemas “com as próprias mãos”, encontra entraves colocados pelo poder público. “A prefeitura primeiro precisa de ajuda, segundo, não quer ajuda e, terceiro, usa o Conselho (dos parques) apenas representativamente”, concluiu.

A Frente Parlamentar pela Sustentabilidade se aprofundará ainda mais nessa pauta com a disposição de encontrar soluções e propor melhorias no diálogo.

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