Comissão de Transportes debate velocidade reduzida nas marginais

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A Comissão de Transportes realizou hoje (7) uma Audiência Pública para debater a diminuição da velocidade máxima permitida nas marginais Tietê e Pinheiros e seus impactos na cidade. O prefeito eleito, João Dória (PSDB), deverá decidir ainda no próximo ano se suspende ou não os limites atuais, que variam de 50 a 70 quilômetros por hora.

Implantada há um ano, a decisão da gestão Fernando Haddad (PT) de redução da velocidade nas marginais contribuiu, segundo a organização Cidadeapé – Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo, para queda de acidentes com vítimas e diminuição na lentidão nas vias. “Apesar de a medida ter levantado bastante polêmica, após os resultados positivos, o número de aceitação cresceu,”, disse Ana Carolina Nunes, membro da Associação.

“Existe uma prontidão da imprensa para questionar os motoristas sobre a redução, mas isso é raramente feito em relação aos pedestres. É pouco divulgado que, após as medidas, 95% relatam se sentirem mais seguros para transitarem”, disse. Para ela, deve haver uma mudança na forma de organização da cidade para que os resultados sejam ainda mais benéficos: “nós [pedestres] somos lembrados quando somos mortos e vamos para as estatísticas, mas não quando se é construída uma estrutura importante para cidade, como as pontes, por exemplo. Ninguém se pergunta como o pedestre fará para chegar até lá”, apontou.

Para Luiz Carlos Néspoli (o Branco), Superintendente da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, a contenção dos limites de velocidade é uma tendência mundial que deve ser seguida: “Nós precisamos ter uma política urbana em que a sociedade participe numa política ativa de redução de acidentes e a manutenção dos limites atuais é um grande contribuinte”, afirmou.

O vereador José Police Neto (PSD), presidente da Comissão de Transportes, instância requerente da audiência, expôs o quanto o debate é importante e lamentou não haver representantes contrários as ações para expressarem seus pontos de vista: “houve um esforço para trazer outra visão, mas essas pessoas não quiseram vir. Falei pessoalmente com técnicos que são favoráveis ao aumento de velocidade para trazer essa perspectiva para a Casa, mas, ao que parece, essa é uma defesa envergonhada”, concluiu.

A Audiência Pública de hoje foi a última do ano promovida pela Comissão, contudo, o tema pode ainda ser debatido em próximas reuniões até o encerramento dos trabalhos.

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