Frente Parlamentar pela Sustentabilidade debate criação do Parque Vila Ema

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Ontem (12), na reunião da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, os vereadores realizaram um debate sobre a criação do parque Vila Ema. A Tecnisa, empresa proprietária do terreno em que a população reivindica a criação do parque, apresentou seu projeto para o espaço. O encontro contou ainda com a presença de representantes da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).
 
A ideia de pautar o tema em uma reunião da Frente resultou de uma visita que os vereadores Ricardo Young (Rede) e Toninho Véspoli (PSOL) fizeram ao terreno em questão. A área está situada na Zona Leste de São Paulo, região que tem grande carência de áreas verdes. Na ocasião, em novembro do ano passado, os parlamentares foram recebidos por um representante da Tecnisa, que explicou que a empresa pensava em construir no terreno três torres, além de transformar parte da área em parque público.
 
Segundo Fábio Vilasboas, diretor técnico da Tecnisa presente na reunião de ontem, serão preservados aproximadamente 700 exemplares de árvores. A área que a empresa pretende destinar para doação e criação do parque é de sete mil metros quadrados, que, segundo a empresa, equivalem a 20 milhões de reais “A construtora em momento algum se mostrou avessa a manutenção da área verde. Continuamos receptivos e não é de interesse nosso acabar com essa área”, disse.
 
Apesar de terem sido convidados, representantes do movimento social que atua em favor do parque não compareceram. A ausência foi justificada por meio de uma carta, que foi lida pelo vereador Mario Covas (PSDB). Em seu conteúdo, o movimento explica que luta para que 100% do terreno se torne um parque, sem nenhuma construção que possa prejudicar a vegetação remanescente da Mata Atlântica e as árvores centenárias existente lá, e que por isso não pretendem dialogar com a empresa Tecnisa, que eles sabiam ter sido convidada para o encontro.
 
Tulio Pimenta, engenheiro ambiental da SVMA, lamentou a decisão do movimento. Ele ressaltou a importância do diálogo para a busca de uma solução. “É um pouco triste que o movimento não tenha vindo, pois é importante manter a democracia e essa Casa é lugar de debate”.
 
Young corroborou a posição e ressaltou que é preciso investir em uma conciliação entre movimento e construtora, que priorize “os serviços ambientais que devem ser preservados imprescindivelmente”, enfatizou. Para ele, o importante é que haja desenlace dessa situação, priorizando o avanço.
 
Helena Vernerck, diretora da divisão de parques da SVMA, demonstrou também disposição para seguir neste diálogo. “Precisamos construir um acordo e um acordo é bom quando ninguém está satisfeito, porque significa que todos abriram mão de algo, em troca de ser contemplado em outro aspecto”, concluiu.

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