Comissão de Transportes debate Carona Solidária
O projeto de lei 484/2013, dos vereadores Laércio Benko (PHS) e Calvo (PMDB), mobilizou a atenção dos vereadores na reunião de hoje (30) da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia. O texto trata do estímulo à concessão de caronas solidárias no município de São Paulo, autorizando a Prefeitura a criar um banco de dados online, em que pessoas que se deslocam diariamente em percursos da periferia ao centro poderiam se cadastrar a oferecer caronas umas às outras.
O vereador Senival Moura (PT), relator do projeto, apresentou um substitutivo ao texto, que garante que o serviço não envolva troca de valores. “Tem de ser um favor entre cidadãos. Carona não pode ser cobrada!”, observou.
No entanto, o vereador Adilson Amadeu (PTB) se opôs veementemente à iniciativa. Para ele, diante do conflito atual envolvendo a categoria dos taxistas e a empresa Uber, onde há um impasse quanto à regularização do aplicativo, a criação desse projeto agravaria ainda mais a situação. “Esse negócio de Carona Solidária me dá arrepios”, iniciou, discorrendo sobre como acredita que o projeto é falho na organização, portanto, não havendo garantias de que não haveria troca de valores monetários. “Isso aqui não tem fiscalização dentro da cidade. Não tem fiscalização, não é legal!”, concluiu.
O vereador Ricardo Young (Rede), presidente da subcomissão de Trânsito e Transportes, pediu, e seus pares aprovaram, o adiamento da matéria por cinco seções para que os parlamentares possam estudar o projeto. “A Carona Solidária prejudica o negócio de táxi? Se prejudica, até que grau deve ser regulamentada, sem perder os aspectos positivos, para não prejudicar a categoria?” questionou.
Ele caracterizou a situação como complexa, ressalvando que os cidadãos estão demandando cada vez mais a tecnologia e que a Casa não pode barrar essa dinâmica, mas garantir que essas ações não gerem tumulto. “Se o assunto chegou até a Casa, é porque ele já existe, nosso papel é propor soluções”, concluiu o vereador.