Vereadores seguem sem acordo sobre próxima CPI da Câmara Municipal de São Paulo
As lideranças partidárias não conseguiram chegar a um consenso sobre qual Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será instaurada pela Câmara Municipal de São Paulo. Com o fim da CPI que investigou a Sabesp, a Casa fica regimentalmente obrigada a instalar uma nova investigação, mas, apesar dos debates que ocorrem há mais de um mês, os vereadores ainda não decidiram qual será o tema abordado.
Na reunião de hoje (23) do Colégio de Líderes, o vereador Ricardo Young (PPS) voltou a insistir com seus pares sobre a importância do tema da compensação ambiental para o município. Segundo ele, esta não seria uma CPI “politizada”, no sentido de alimentar a forte polarização PT-PSDB, mas sim uma Comissão que trataria efetivamente de um tema relevante que é a questão ambiental na cidade. “Não é uma CPI política, mas é uma CPI que interessa à cidade. Eu gostaria de contar com o apoio das lideranças, para que nós pudéssemos votar essa CPI da Compensação Ambiental”, disse.
Alguns vereadores sugeriram outras temáticas: Laercio Benko (PHS), defendeu a CPI das Torcidas Organizadas de futebol da cidade; Andrea Matarazzo (PSDB) sugeriu investigação do Programa Municipal Braços Abertos, que cuida de dependentes químicos na região da Cracolândia; Sandra Tadeu (DEM) defendeu uma investigação sobre possíveis irregularidades na administração do Mercado Municipal, mais popularmente conhecido como “Mercadão”; Adilson Amadeu (PTB) levantou a questão de se investigar possíveis equívocos na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego); Gilberto Natalini (PV) sugere a criação de uma CPI que atue sobre as Cooperativas de Transporte Municipais; e, finalmente, a vereadora Juliana Cardoso defende uma investigação sobre as obras do Monotrilho, de responsabilidade do Governo Estadual, na zona leste de São Paulo.