Nota de Esclarecimento
Caros amigos, em relação à matéria publicada pela revista do SindusCon-SP (http://bit.ly/2aaoN2y), esclareço que defendo a necessidade de diálogo entre todos, para construirmos sociedades de fato sustentáveis.
Considero atrasada a postura de se fechar para conversas, mesmo em impasses complexos. Essa atitude impede que soluções avancem e, ainda, muitas vezes, acelera decisões abusivas da parte com maior poder.
Essa foi minha posição, e não a de dizer que ambientalismo – uma causa que respeito e que também é minha – presta um desserviço à sustentabilidade, como tem sido divulgado.
Sustentabilidade não supõe apenas um meio ambiente protegido e equilibrado. Mas também, um tecido social em que a informação e as conversas fluem e há verdadeiro sentimento de pertencimento.
Nesse sentido, exemplificando o caso do Parque Augusta, comentei a recusa de parte do movimento ambientalista em sentar-se à mesa para dialogar com as construtoras como um fator que prejudicou o avanço de uma solução.
Não há escolha possível que agrade 100% todos os lados.
As empresas compraram o terreno e delas dependem inúmeras famílias. A cidade precisa muito mais de espaços verdes do que de mais construções. A prefeitura não tem recursos sobrando para indenizar o valor de mercado e ressarcir o investimento das construtoras.
Será preciso muita escuta e focarmos no bem comum para sairmos desse impasse.
Defender cegamente apenas uma posição nos torna anacrônicos.
Todos, trabalhadores e acionistas de construtoras, ambientalistas e gestores públicos formamos uma mesma comunidade. Não tem alternativa melhor que cada qual desarmar-se para encontrarmos a solução viável.
Quero ser, como sou e sempre fui durante todo meu mandato, ponte para o diálogo. Por isso estive no SindusCon e concedi-lhes a entrevista.
Lamento os recortes de minha fala que causaram indignação e espero, de coração, que não coloquem mais dificuldade para a solução conjunta necessária.
Menos muros, mais pontes; esse é o norte que me conduz.