Comissão de Estudos dos Alvarás recebe empresas de app’s
Representantes dos aplicativos 99Táxi e Meia Bandeirada estiveram hoje (18) na reunião semanal da Comissão de Estudos dos Alvarás.
Ambas as empresas trabalham com o transporte individual e foram convidadas a darem seus depoimentos sobre o status da modalidade na cidade de São Paulo.
Pedro Soma, diretor de relações governamentais da 99Táxi, explicou que a empresa só trabalha com taxistas regulamentados, que são obrigados a apresentar alvará e condutáxi no momento do cadastramento. Segundo ele, o aplicativo intermedia 600 mil corridas por dia. “Isso proporciona aos taxistas um aumento de renda de aproximadamente 30%”, disse.
Pelas estatísticas da empresa, o tempo de espera médio por um táxi no centro é de quatro minutos, enquanto na periferia varia de 15 a 20 minutos. “A mobilidade mudou na cidade de São Paulo. Há um crescente abandono do carro particular e atenção maior ao transporte público. O usuário, muitas vezes, pega metrô/ônibus para grandes distâncias e completa com o táxi os pequenos trajetos faltantes”, ponderou Soma.
Natanael Silva, sócio fundador da Meia Bandeirada, esclareceu que o app trabalha com empresas de rádio-táxi e cooperativas, atendendo apenas clientes vinculados a uma pessoa jurídica. Atualmente são cerca de seis mil motoristas cadastrados, que realizam em média cinco mil corridas diárias.
Presente também ao encontro, Daniel Telles, do Departamento de Transporte Público (DTP), disse que a Prefeitura está trabalhando para escrever uma portaria que regule os aplicativos. Telles lembrou ainda que a portaria que regulamenta o táxi preto já está pronta. “A resolução prevê um software que irá garantir a qualidade do sistema e que será de responsabilidade da Prefeitura. O usuário poderá avaliar tanto o taxista, quanto o software”, explicou. Ele ressaltou também que o texto vai prever uma melhoria no curso obrigatório ao qual o taxista é submetido.
O presidente do Sinetaxi, Natalício Bezerra, criticou a regulamentação dos táxis pretos. Ele afirmou que os motoristas contemplados para os novos alvarás “não conseguirão arcar com o custo da outorga onerosa estabelecida para a nova categoria, que chega a 60 mil reais”.
Telles respondeu ainda aos questionamentos do vereador Adilson Amadeu (PTB), que chamou de vergonhosa a falta de fiscalização para coibir a atuação da Uber na cidade. O diretor do DTP argumentou que “só podemos apreender o carro se for comprovado o uso do app Uber, por isso só foram apreendidos por volta de 100 carros”.
O presidente da Comissão, Senival Moura (PT), avisou que a próxima reunião está marcada para o dia 25 deste mês. Também lembrou aos presentes que, para a reunião do dia 2 de dezembro, representantes da empresa Uber já confirmaram presença e que o debate poderá ser ainda mais esclarecedor